terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Quando a chuva abençoou o amor

Foi na primeira visita de Ramsés ao Rio de Janeiro*, ao brincar de folião no Bloco Rancho Flor do Sereno do grandioso Elton de Medeiros.

Estavam todos a pular e se divertir quando a chuva começou a brindar com suas águas refrescantes em uma tarde de muito samba e carnaval raiz.

No meio daquela festa, um casal se formara em um momento de verdadeira intensão, visto que, cada gota de chuva imundava as vielas, mas não interrompia o amor entre as duas almas.

A cada cariciar dos lábios, via-se o deslizar suave no corcovado que envaidecia aqueles corpos. Caminhava por entre o Bloco sem a preocupação dos dias e das pessoas, sem menos imaginar uma possível gripe que não iria alcançar a quem estivesse sob a imensidão do amor.

Ah, só poderia resultar em poesia, além é claro da cantada por Jorge Ben. Pois Chove Chuva, aqui ou em qualquer lugar, Chove sem parar, enquanto houver o canto, enquanto viver o amar.


*Houve um salto na cronologia. Em breve contarei a viagem de Ramsés da Bahia até o Rio de Janeiro.


Jorge Ben & Tim Maia 1981


Jorge Ben Jor - Chove Chuva

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